Lendo uma reportagem feita com David Heinemeir Hansson, sócio da 37signals, empresa especializada em ferramentas de negócios e produtividade para web, comecei a repensar a importância de um planejamento estratégico para empresas.
Geralmente, os projetos principais são estudados e planejados para serem executados em 1 ou até 5 anos. Hansson afirma que "Não adianta planejar. É apenas um jeito sofisticado de pensar no que você gostaria que acontecesse".
Quando se faz um planejamento estratégico, a tendência é acrescentar projetos que nem sempre são essenciais para a meta principal. Esses projetos adicionais acabam acarretando um grande número de reuniões extras, mudança de foco, alterações no objtivo, retrabalho, mais horas de desenvolvimento e um produto final que muitas vezes está muito distante daquilo que foi planejado.
No final, o desgaste físico, intelectual, psicológico e financeiro é tão grande que o projeto não é creditado nem pela própria equipe. Ransson diz que: "Não acredito em trabalhar por horas a fio. Pessoas que trabalham de 80 a 100 horas por semana farão designs ruins, textos pobres e códigos cheio de bugs".
Isso não significa que o planejamento estratégico deva ser aniquilado, porém os projetos devem ser pontuais. Ao invés de dezenas de reuniões desnecessárias que sempre aumentam a quantidade de horas para finalizar o projeto, o ideal é envolver as equipes e seus líderes em métodos que auxiliem, simplifique e agilizem o desenvolvimento do projeto. Métodos como brainstorm, cardsorting, prototipagem, enfim, existem dezenas deles, devem ser substituídos pelas famosas reuniões estratégicas. Essas práticas são muito utilizadas pela IDEO.
Outra dica é utilizar uma metogologia ágil para acompanhar, organizar e determinar entregas para cada etapa do projeto. O Scrum é um exemplo de metodologia ágil simples, eficaz e barata.
Provavelmente as pessoas envolvidas nesses projetos irão trabalhar mais motivadas, comprometidas e felizes.
Ana Paula Aires
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