quinta-feira, 26 de junho de 2008

Google: a massa que atinge todos os nichos

Até a pouco tempo atrás o grande feito de todos os tempos foi a corrida espacial para a conquista da lua. Os EUA e a URSS corriam contra o tempo para conseguir ser o primeiro.

Décadas depois da conquista ou fraude do homem da lua, o que mais se fala, o que mais se destaca é o mundo virtual, a internet, o google.

Falar em internet hoje é atribuir de alguma forma apologia ao google, assim como refrigerante à coca-cola, aparelho de barbear ao gilette e chiclete à goma de mascar. O poder do google é tão forte que virou até verbo. É natural hoje ouvir pessoas falando: vou googlar, ao invés de: vou fazer uma pesquisa na internet. Não seria nenhum espanto ver as pessoas chamando a internet de googlenet ou gNet.

Mas porque então comecei este texto sobre a grande disputa entre os americanos e os russos? O poder de ter o domínio por coisas impossíveis sempre foi uma grande disputa entre eles e agora temos o google, uma ferramenta que pode dominar o mundo se quiser, criada justamente por um americano, Larry Page e um Russo, Sergey Brin. Talvez esta união signifique o equilíbrio desta grande disputa.

Porque o sucesso do google cresceu de forma tão rápida? Enquanto as empresas pensavam em massa o google pensava em nichos. A grande estratégia foi ordenar o resultado de busca por relevância, enquanto todas as outras ordenavam de forma randômica.

O que era melhor? Fazer uma busca por uma palavra chave e receber um resultado de sites com mais conteúdo sobre o tema pesquisado ou resultado aleatório sobre qualquer site que tenha essa palavra no seu conteúdo? Lógico que por relevância de conteúdo. Ok, mas isso faz com o que o google deixe de atingir a grande massa? Não, ele atinge a massa, mas atinge principalmente os nichos e foi com essa estratégia que conseguiu ser uma das maiores empresas de sucesso em apenas 1 década.

O google percebeu que a internet seria um canal capaz de antingir qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, por isso, para ter sucesso, era necessário prestar serviços e atrativos para todos. Não existe discriminação no google, religião, língua, cor, opção sexual, deficiência, sistema operacional, entre outros, todos podem estar no google.

Nasceu um novo perfil na web, o colaborativo. Toda informação é acessível, basta ter um artefato digital conectado à grande rede. Várias empresas desenvolveram diversas ferramentas para a web, muitas fracassaram e outras tiveram seu desenvolvimento comprado e aperfeiçoado pelo google, outras ainda, tiveram sucesso de forma mais tímida e fazem parte do crescimento contínuo.

A quantidade de serviços oferecidos é gigantesca e assustadora. Podemos pensar que o google pode estar colhendo informações, segredos de estado para dominar o mundo. Ok, prefiro acreditar no equilíbrio entre EUA e Rússia. Quem vai querer ceder para que o outro domine?

A população tem se tornado mais humana, mais colaborativa. Ong´s, projetos sociais, campanhas por qualidade de vida tem unido cada vez mais grupos de pessoas em todo o mundo, por isso acredito que a rede possa ser colaborativa sim.

É paraxodal que um site com apelo visual tão simples possa ser o mais acessado em todo o mundo. Acessar o google pode ser sempre uma surpresa agradável, todos nós adoramos quando encontramos a logo alterada seguindo um apelo comemorativo. Existe até um museu com todas as versões de logos do google.

O google pode ser o nosso grande irmão. Pode ser a nossa boca, nossos ouvidos, nossos olhos. Pode saber de todos os nossos segredos, pode ser nossa razão, pode até dominar o mundo. Porém confesso que me sinto mais tranquila em saber que um sistema tão democrático e colaborativo pode ter esse poder.

Até porque quem não discrimina não causa medo!

Ana Paula Aires

quinta-feira, 19 de junho de 2008

VIOLÊNCIA SURREAL


Vivemos rodeados de diversos valores e fatores que são essenciais para a construção da nossa personalidade. Cada um de nós sofre vários tipos de influências e estamos lutando contra ou absorvendo cada uma delas conforme a necessidade.

Durante toda a minha infância e adolescência, sempre ouvi o seguinte conselho “Tudo em excesso é errado, aprenda a usar o bom senso.”

A grande polêmica entre jogos eletrônicos x violência tem sido bastante discutida. É como se estivéssemos procurando um “culpado” para atos relacionados a esses tipos de jogos. Cientificamente podemos dizer que a violência dos games tem um certo grau de influência sobre os jogadores, porém naquele momento. É uma forma lúdica de trabalhar estratégia, medo, prazer, angústia, fúria, protesto, alegria e diversas outras formas de expressões emocionais. É como assistir um filme de romance e sentir uma sensação gostosa, mas quando voltamos a rotina, vestimos novamente a nossa personalidade do cotidiano.

Temos o livre arbítrio sob praticamente todas as atitudes que tomamos, somos resposáveis por todos os nossos atos. Lógico que não é errado afirmar que um indivíduo que passa a maior parte do dia dedicado aos games de violência, sofra influência sobre eles, porém os mesmos não podem ser classificados como responsáveis pelos atos de violência cometidos por tais usuários. Além da influência pelo excesso de uso, ainda existem os fatores psicológico, emocional, material, enfim, é uma série de fatores que devem ser avaliados.

Os jogos sempre fizeram parte da vida do homem, desde a sua existência. E como já dizia Renato Russo: “A violência é tão fascinante e nossas vidas são tão normais.”


Bye

Ana Paula Aires